1.7.09

Maria

A Maria foi ao chão. Se metamorfoseou num ratinho e investigava a casa como quem chega da metrópole num vilarejo do interior.
Agora era bailarina do circo, que com sua minúscula sombrinha desafiava o fio da corda-bamba, tão elegante que a corda lembrava uma imensa passarela.
Assim ela foi se afastando, preenchendo os espaços como uma ventania que balança todas as janelas da casa numa só rajada.
E eu sentei no cantinho vazio, o último da casa e fiquei observando o cata-vento girar sua liberdade, girar sua liberdade, sua liberdade girar, girar, girar.....
Num sorriso ela disse: - Enfim cansou!
Com muito cuidado, a Maria me pegou no colo, me levou para cama e cantou para eu dormir.

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